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CEE do Santa Lydia ouve Gestora do hospital, Darlene Mestriner

Primeira reunião da Comissão analisa qual o papel desempenhado do hospital no atendimento à saúde em Ribeirão Preto
CEE do Santa Lydia ouve Gestora do hospital, Darlene Mestriner

Foto: Aline Pereira

 

A Comissão Especial de Estudos que analisa qual deve ser o papel do Hospital Santa Lydia na estrutura do atendimento à saúde em Ribeirão Preto ouviu nesta terça-feira, 15 de agosto, a gestora do Hospital, Darlene Mestriner.

Estiveram presentes os membros da CEE Luciano Mega (PDT) e Jorge Parada (PT), presidente da Comissão, além do vereador Elizeu Rocha (PP), e representantes do Sindicato dos Servidores Municipal e Conselho de Saúde.

Darlene apresentou um balanço do hospital do período de 2004 a 2016. Explicou que mesmo enquanto o hospital ainda era uma Fundação, já havia um déficit orçamentário, e esta dívida foi crescendo ano a ano, atingindo o ápice em 2014, quando houve a intervenção para verificar se haveria a possibilidade do hospital se manter em funcionamento.

Após quase três anos de intervenção, houve adaptações entre custo e receita, com isso hoje a receita está equilibrada, não existindo o risco de fechar o hospital, porém a situação financeira ainda é frágil pois não existe reserva de caixa. Com um prédio antigo, necessitando de adaptações e reformas, e projeção dos convênios abaixo do esperado, a Fundação ainda requer cuidados.

A portaria 23/2015 que fala sobre a organização da Rede de Urgência e Emergência com o aumento de leitos de retaguarda, divididos em enfermaria clínica, cuidados prolongados e UTI, é um incentivo através de novos recursos aos hospitais, e o Santa Lydia conseguiu ampliar 21 leitos na enfermaria clínica, ficando com 33 leitos incentivados. Já os leitos da UTI alguns foram qualificados, pois são necessárias adaptações e aquisição de equipamentos para qualificar todos.

A gestora informou que após o período final da intervenção, será apresentada uma proposta de reformulação da legislação da área de Fundações, para ficar definido e bem caracterizado o que é a Fundação e como se relaciona com os setores público e privado, com o Tribunal de Contas e Ministério Público.

O questionamento a respeito dos convênios mantidos pelo hospital, Darlene explicou que SUS representa 70%, o restante é Iamspe e Sassom. Parada sugeriu que aumentasse os serviços oferecidos ao Iamspe, sendo o Santa Lydia o único hospital a atender na região. Darlene afirmou que cada serviço criado gera custo, e no momento o hospital não tem como gerir essa despesa.

‘Montar equipes é importante para o crescimento do hospital, é preciso ter condições para atender os convênios plenamente’ argumentou Parada.

Sobre a possibilidade da Fundação se transformar em O.S., a gestora afirmou não ter qualidade técnica para afirmar se é o melhor caminho, e desta forma a Comissão decidiu convidar o consultor do hospital, Dr. Calil, para próxima reunião.